A cruz do mundo e a Cruz de Deus: a primeira leva à morte e a segunda leva à mansidão e santidade.
A cruz do mundo e a Cruz de Deus: a primeira leva à morte e a segunda leva à mansidão e santidade.
Sobre Mt 11, 28-30
Segundo São
Josemaria Escrivá, em sua obra Caminho, “quando vires uma
pobre cruz de madeira, só, desprezível e sem valor... e sem crucificado, não
esqueças que essa cruz é a tua cruz: a de cada dia, a escondida, sem brilho e
sem consolação... que está esperando o crucificado que lhe falta. E esse
crucificado tem que ser você. ” Irmãos e irmãs, reflitamos que até agora temos
carregado uma cruz de egoísmos e pecados, na qual o peso é a antecipação do
inferno. Desse modo, o cristão, entre aspas, torna-se morno e soberbo, sendo
mais um entre tantos outros nesse mundo, não deixando a sua marca por Jesus e
pela Igreja. Que a nossa vida não seja estéril. Sejamos úteis, deixemos rastro.
Olhemos agora para a
vida dos santos. Voltemos nosso coração a Deus – “sursum corda” como diz a
expressão latina: corações ao Alto. Santo significa “consagrado, separado”.
Tais pessoas na qual nós veneramos foram diferentes no mundo. Mas em qual
sentido? Enquanto as pessoas que vivem suas vidas sem Jesus Cristo como Senhor
e Salvador carregam uma cruz sem sentido, pesada e amargurada; os santos
reconhecem-se como criaturas, vivem a Verdade, amam e colocam Deus no altar do
coração, porém, eles também têm a sua cruz diária. O cristão é chamado a viver
essa santidade – você e eu! Ao passo que, o mundo nos dá uma cruz aparentemente
prazerosa, leve e doce, mas que é sofrida, dura e amarga, sem sentido e vazia;
o católico carrega sua cruz que também é difícil, porém o próprio Senhor se faz
como o novo Cireneu a ajudar e torna-la a cruz do coração, onde o caminho se
finaliza no Reino dos Céus. E esse é o jugo suave e o peso leve prometido por
Jesus.
Todos nós pecamos,
mas obedecemos a Jesus que afirma: “vinde a mim todos vós que estais cansados e
fatigados sob o peso de vossos fardos...” O sacramento da confissão, a santa
Eucaristia, como aponta o Catecismo, ‘são sacramentos de cura’, na qual
trocamos a falsa cruz do mundo, pela verdadeira Cruz dos céus. Cristãos irmãos
e irmãs, nosso olhar se volta em direção ao Céu, aquilo que não passará jamais!
Vocacionados a uma vida santa, busquemos as coisas do Alto, revistamo-nos das
armas da luz, renovemos o nosso modo de pensar, configurado a Cruz de Cristo
que nos espera como escrito no início da reflexão. O Papa Francisco, em sua
exortação sobre o chamado à santidade no mundo atual, nos diz: “Não tenhas medo
de apontar para mais alto, de te deixares amar e libertar por Deus. Não tenhas
medo de te deixares guiar pelo Espírito Santo. A santidade não te torna menos
humano, porque é o encontro da tua fragilidade com a força da graça. No fundo,
como dizia León Bloy, na vida “existe apenas uma tristeza: a de não ser santo”.
Portanto, irmãos e
irmãs, entendemos qual o caminho a seguir a partir de agora. Compreendemos que
podemos escolher duas cruzes, mas que só uma vale a vida e leva para a
Eternidade com Jesus. Vimos as implicações que o mundo gera aos que se deixam
guiar pelo pecado; observamos que Nosso Senhor sabendo disso, por fim afirmou:
“aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração” Enquanto a sociedade faz
barulho, os cristãos rezam em silêncio, com a Virgem Mãe de Deus e nossa, sendo
consolados pela Chama do divino Resplendor, advogado nosso o Espírito Santo. Ao
fim, como está no término do livro do Apocalipse: “verão a sua face, e seu nome
estará sobre suas frontes. Não haverá mais noite, não se precisará da luz da
lâmpada, nem da luz do sol, pois o Senhor Deus vai brilhar sobre eles, e eles
reinarão por toda a eternidade. ” Vale a pena carregar a boa cruz e sofrer
hoje. Porque meu jugo é
suave, e meu peso é leve.
Glória ao Pai, ao
Filho e ao Espírito Santo...
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